As vacinas são essenciais para blindar o organismo contra doenças que ameaçam a saúde, em todas as idades. Doenças altamente contagiosas e bastante comuns no passado praticamente já não existem mais no Brasil. Isso se justifica graças ao alto índice de vacinação no país.
Embora exista um certo consenso em vacinar cerca de 70% da população para recuperar alguma normalidade, outras organizações exigem cautela e apontam várias questões a serem respondidas. Além disso das dúvidas sobre a proteção e imunidade das vacinas, há os desafios logísticos, de distribuição e armazenamento.
Por mais que todos pensemos em proteger a própria saúde quando tomamos uma vacina, o efeito dela ultrapassa as barreiras individuais. Isso porque a imunização em larga escala permite proteger toda a comunidade, mesmo aquelas pessoas que, por um motivo ou outro, não podem tomar as doses.
E na pandemia atual? Ainda não se sabe ao certo qual é a porcentagem de vacinação necessária para atingir a imunidade contra a covid-19. Atualmente, os cientistas calculam que essa taxa deve ficar entre 70% e 90%. Se considerarmos que a campanha começou no Brasil há um mês e alguns dias e, de acordo com Our World Data, 1,45 milhão de brasileiros receberam a primeira dose até quinta-feira (28), isso dá uma média de 120 mil pessoas vacinadas por dia.
Se precisarmos imunizar até 90% da população para eventualmente atingir a imunidade coletiva, no Brasil esse total corresponde a 188,5 milhões de pessoas vacinadas. Mas, se continuarmos no ritmo atual de 94 mil doses por dia, demoraremos 1.570 dias (ou pouco mais de quatro anos) para atingir o limiar de 90%.
Lembrando que, para a maior parte das vacinas contra o coronavírus (incluindo a CoronaVac e a AstraZeneca, as duas disponíveis aqui até agora) são necessárias duas doses do imunizante.